sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Xilofone

Caro leitor, antes de começar, inicie esta musica para acompanhar sua leitura - http://www.youtube.com/watch?v=B4KuXxn7y8E


XILOFONE

É na levada da vida
Que se mostra arisca
E assim ela petisca
Salva a mania

Não há de ser má
Pois sem maldade errará
Olhando para lá
Quando ninguém olhará

E no soar da noite
Quando uivou o coiote
No salão nada havia
Além do boicote

Mas de que a mim vale
Presença dos que não me cabem
Se a única presença, bem,

Cá esta:

No soar do xilofone
Ecoada a batida
Ao tocar das cordas baixas
E a marcados passos dança

Como o lambar de notas postas
D`algo que já não importa
Pois não há como saber
Explicar ou mostrar ou dizer

Deve-se, pois, estar
E só estar
Mas não só
Sol e La, e Si bemol

Si depois e estranha nota
Que não haverá de distinguir
Só sentir e apreciarmos
E de La não avistar

Nem precisa...

Pra que ver, a final
Se ao poder, há de ser
Escuro e cores, branda leva
Como Si e La, mas lá manter

E de volta se o Sol for
Desta nevoa furta cor
Pura dança e ao soar
Do xilofone indagador

Que será?
Já não sei
e nem ei
Mas estarei

A estar
E dançar
Como ar

De cor a cor
Do dom do som
Sol Mi e La

E virá
Para estarmos
Um dois três
E um dois três

Virá e verá
Pois cá estará
Ao do xilofone soar,
...ah...


Pedreschi, Rafael P.


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